A matéria
“Mobilidade”, publicada no jornal Diário Catarinense desta
quinta-feira, dia 24, faz um alerta sobre a quantidade de veículos
por domicílio no País.
A reportagem apresenta
os dados e as conclusões alcançadas no estudo realizado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea.
Surpreendentemente, ou
não, Santa Catarina é o Estado do Brasil com maior percentual de
veículos por domicílio no País, com 73,4%.
De fato, tomando por
base apenas a Grande Florianópolis e trafegando pelas ruas e
avenidas em diferentes horários, é possível concluir que o número
de veículos por aqui aumentou consideravelmente. Prova disso são as
recorrentes filas e engarrafamentos, não apenas no “horário de
rush”, ou seja, aquele em que há um movimento intenso de veículos,
geralmente em horários de entrada e saída do trabalho.
Algumas causas como:
aumento da renda familiar; diminuição do preço dos carros e motos;
redução o IPI (Imposto sobre produtos industrializados); inúmeras
ofertas de financiamentos a juros mais baixos; carência de
transporte público de qualidade; e tempo de deslocamento explicam a
preferência da população na aquisição de veículo próprio e o
resultado da pesquisa.
É claro que a
possibilidade de deslocar-se em veículo próprio é mais confortável
e cômodo do que se sujeitar aos horários e aos longos percursos
determinados pelo transporte coletivo. Entretanto, referidos conforto
e comodidade estão deixando de existir por conta da falta de
mobilidade urbana, que é consequência justamente do grande volume
de veículos nas cidades e da ausência de infraestrutura rodoviária
adequada.
Se não paramos para
refletir e debater sobre nossos hábitos e sobre políticas públicas
referentes à mobilidade, chegará um dia em que transitar pelas
cidades será tarefa árdua – seja de ônibus, moto ou carro!
Vale a pena a leitura e
a reflexão!
Créditos: Hermínio Nunes (foto) e Miguel Veiga (desenho).