Paris presta homenagem a Oscar Niemeyer, na sede do Partido Comunista, dedicando
uma exposição à obra-prima do arquiteto, a rápida e futurista
construção da cidade de Brasília.
A mostra “Brasília, Meio Século da Capital do
Brasil”, idealizada pela produtora artística brasileira Patrícia
Trautmann, apresenta uma coleção de 200 peças entre documentos
inéditos, fotografias e maquetes, relembrando a concepção
modernista e comprometida da maioria de seus criadores, como o
urbanista Lúcio Costa, o paisagista Roberto Burle Marx e o próprio
Niemeyer.
A obra de Niemeyer e seu grupo conseguiram
transformar Brasília política, urbanística e culturalmente,
tornando-a internacionalmente conhecida.
Tanto que em 1987, Brasília foi declarada
Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco – única cidade
construída no século 20 a receber esse reconhecimento – após 27
anos da inauguração da capital, ocorrida em 21 de abril de 1960.
Uma das construções mais famosas da cidade é o
Congresso Nacional: duas abóbadas invertidas e 16 pilares de
concreto evocam braços erguidos para o céu da Catedral de Brasília
e o Palácio do Itamaraty que parece flutuar sobre a água.
A mostra revela, ainda, como a cidade foi
construída: mais de 60 mil operários trabalhando 18 horas por dia
em "condições deploráveis" para dar forma ao "delírio"
do presidente Kubitschek.
O prédio que exibe a exposição também é obra
de Neimeyer – a primeira do arquiteto no exterior. Foi durante seu exílio político
na França, que o mestre modernista ofereceu ao Partido Comunista uma
sede com curvas e linhas semelhantes as de Brasília.
"O que me atrai é a curva livre e sensual. A
curva que se encontra nas montanhas do meu País, no curso sinuoso
dos rios, nas nuvens e no corpo da mulher", dizia Niemeyer, que
morreu em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos.
A exposição acontece até 29 de junho.
O Brasil e seus artistas reconhecidos pelo mundo!
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