Curiosa a reportagem “Sebos vendem livros pormetro para decoração de escritórios”, publicada hoje na Folha deSão Paulo.
A matéria fala sobre os pedidos, cada vez mais
comuns dos clientes, de livros com determinado tipo de capa, cor,
tamanho e quantidade necessária para a decoração de estantes,
salas ou bibliotecas.
Normalmente, os livros são vendidos por unidade,
mas também por coleção e até por medida.
Há casos em que o foco são livros raros e
montagem de coleções.
O mais interessante da publicação é o
depoimento de Aristóteles Alencar, dono do sebo O Belo Artístico,
localizado em São Paulo, que afirma não se importar com o fato de
boa parte do público não se interessar pelo conteúdo dos livros,
pois acredita que um dia alguém irá consultá-los. E ilustra,
contando o episódio em que uma cliente procurou o sebo em busca de
livros de verdade, já que durante uma festa, uma convidada puxou um
título conhecido e percebeu que o livro era falso, causando
constrangimento à anfitriã.
Adquirir livros apenas por sua aparência pode, a
princípio, causar certo repúdio, porém, considerando a
possibilidade de uma obra ter maior visibilidade numa estante
residencial do que num sebo, o ato pode produzir efeito diverso e não
esperado, qual seja, a disseminação da cultura e da arte por meio
da decoração.
Conhecimento a serviço da decoração? Ou seria o
inverso?
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